"A religião é o reconhecimento de todos os nossos deveres como preceitos divinos." Immanuel Kant
"A perda de toda a devoção e da religião atrai um sem-número de inconvenientes e desordens." Nicolau Maquiavel
"Deus não tem nenhuma religião." Mahatma Gandhi
quinta-feira, 17 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
Dialogo Inter- Religioso
O dialogo inter-religioso torna-se urgente, pois sem ele será muito difícil alcançar a paz no mundo. As diferentes religiões têm que promover a tolerância, o dialogo e o conhecimento teológico em que cada uma se baseia, pois sem conhecimento não existe compreensão nem tolerância. Para isto a humanidade deve utilizar a Regra de Ouro, "Faz o bem, não faças o mal".
O importante é a essência de cada religião, não os seus dogmas que foram sendo impostos ao longo dos anos, segundo a conveniência dos seus lideres.
O importante é a essência de cada religião, não os seus dogmas que foram sendo impostos ao longo dos anos, segundo a conveniência dos seus lideres.
Tolerância
A tolerância é necessária entre todos os crentes e não crentes. Tendo em atenção o paradoxo da tolerância, de Karl Popper: " Se for ilimitada ela desaparece, pois teríamos que aceitar a intolerância". Devemos acompanhar a tolerância com o direito à diferença na base do dialogo e respeito pelos outros.
Hans Hung escreveu na sua obra, "Projecto para uma ética mundial" :
Hans Hung escreveu na sua obra, "Projecto para uma ética mundial" :
- não é possível a vida humana em sociedade se não existir uma ética mundial;
- é impossível existir a paz entre as nações se não se verificar a paz entre as religiões;
- é igualmente impossível que haja paz entre as religiões se estas não dialogarem entre si.
Tarefas e desafios da Tolerância
Quer a ciência, quer a religião apresentam uma vertente intelectual e vertente social. A este último nível, os efeitos sociais de ambas estão longe de ser os melhores. Se é verdade que a ciência contribuiu para a melhoria da saúde e para facilitar muitas das nossas tarefas, em contra-partida trouxe armas de destruição maciça, e os produtos e técnicas por ela proporcionados tem tido também impactos negativos sobre o ambiente, degradando a qualidade de vida.
Analogamente, e sem que isto signifique uma negação do valor e da importância de muitas comunidades religiosas, orientadas para o bem comum, a religião provocou, ao longo das historia, efeitos nefastos nas sociedades.
Nas sociedades democráticas procura respeitar-se o pluralismo religioso. O estado democrático deve criar condições para que diferentes confissões religiosas convivam pacificamente e os cidadãos possam optar livremente na escolha da sua orientação religiosa.
Daí que o fanatismo continue a manifestar-se. Este caracteriza-se pela adesão exclusiva e incondicional a uma ideia, bem como pelo uso dos mais diversos meios para a impor e disseminar. É sobretudo a partir de grupos particulares que o fanatismo eclode. Muitas vezes esses meios implicam a violência e concretizam-se acções terroristas.
Ligado ao fanatismo encontra-se o fundamentalismo. Com uma orientação conservadora, o fundamentalismo designa uma corrente e uma atitude religiosa que advoga, de modo radical, uma fidelidade absoluto na interpretação literal dos escritos sagrados.
Analogamente, e sem que isto signifique uma negação do valor e da importância de muitas comunidades religiosas, orientadas para o bem comum, a religião provocou, ao longo das historia, efeitos nefastos nas sociedades.
Nas sociedades democráticas procura respeitar-se o pluralismo religioso. O estado democrático deve criar condições para que diferentes confissões religiosas convivam pacificamente e os cidadãos possam optar livremente na escolha da sua orientação religiosa.
Daí que o fanatismo continue a manifestar-se. Este caracteriza-se pela adesão exclusiva e incondicional a uma ideia, bem como pelo uso dos mais diversos meios para a impor e disseminar. É sobretudo a partir de grupos particulares que o fanatismo eclode. Muitas vezes esses meios implicam a violência e concretizam-se acções terroristas.
Ligado ao fanatismo encontra-se o fundamentalismo. Com uma orientação conservadora, o fundamentalismo designa uma corrente e uma atitude religiosa que advoga, de modo radical, uma fidelidade absoluto na interpretação literal dos escritos sagrados.
Relação entre a Ciência e Religião
"A relação entre religião e ciência assume muitas formas, posto que ambos os campos são muito amplos. A religião e a ciência empregam diferentes métodos para se dirigir a questões diferentes. O método científico apoia-se numa abordagem objectiva para mensurar, calcular e descrever o universo natural, físico e material. Os métodos da religião são geralmente mais subjectivos, baseando-se nas noções variáveis de autoridade, ideias que acredita-se terem sido reveladas, intuição, crença no sobrenatural, na experiência individual, ou uma combinação destas para compreender o universo."
Religião e Ciência
Antes do século XVII o conhecimento da natureza encontrava-se, até essa altura, unido a preocupações de carácter metafísico.
A reivindicação de um pensamento autónomo relativamente aos dogmas religiosos fora já equacionada pelo pensamento grego. Por sua vez, vários filósofos medievais procuram integrar na doutrina cristã a ciência grega, de modo a suprimir os conflitos entre o texto bíblico e a razão humana.
Com o renascimento e o humanismo, a partir do século XV, emergem novas ideias filosófico-religiosas que alimentarão a Reforma protestante, bem como a ciência moderna.
Vários domínios foram reflectidos perante a mudança da atitude do homem sobre o mundo e a vida, tais como: a filosofia, a ciência, a arte, a religião, a politica, etc. Com o desenvolvimento do espírito critico, do individualismo e do antropocentrismo a observação e a experiencia é privilegiada.
Sendo assim, a ciência moderna deve o seu nascimento e a sua evolução a sábios cristãos, em confronto com espíritos estreitos e com teólogos demasiado conservadores.
A religião e a ciência são dois grandes sistemas do pensamento humano, apesar disso a religião continua a ser uma força fundamental na sociedade.
Talvez a religião não se deva avaliar em termos de verdade e falsidade, embora não seja essa maneira como a maior parte das pessoas encara. Talvez as afirmações religiosas se situem num plano distinto do das teorias científicas.
A reivindicação de um pensamento autónomo relativamente aos dogmas religiosos fora já equacionada pelo pensamento grego. Por sua vez, vários filósofos medievais procuram integrar na doutrina cristã a ciência grega, de modo a suprimir os conflitos entre o texto bíblico e a razão humana.
Com o renascimento e o humanismo, a partir do século XV, emergem novas ideias filosófico-religiosas que alimentarão a Reforma protestante, bem como a ciência moderna.
Vários domínios foram reflectidos perante a mudança da atitude do homem sobre o mundo e a vida, tais como: a filosofia, a ciência, a arte, a religião, a politica, etc. Com o desenvolvimento do espírito critico, do individualismo e do antropocentrismo a observação e a experiencia é privilegiada.
Sendo assim, a ciência moderna deve o seu nascimento e a sua evolução a sábios cristãos, em confronto com espíritos estreitos e com teólogos demasiado conservadores.
A religião e a ciência são dois grandes sistemas do pensamento humano, apesar disso a religião continua a ser uma força fundamental na sociedade.
Talvez a religião não se deva avaliar em termos de verdade e falsidade, embora não seja essa maneira como a maior parte das pessoas encara. Talvez as afirmações religiosas se situem num plano distinto do das teorias científicas.
Existência de Deus, segundo Kant
Segundo Kant apenas conhecemos os objectos no espaço e no tempo (razão teórica).Tentar conhecer a existência de Deus através da razão teórica, é algo que está condenada ao fracasso.
O Homem não é apenas um ser racional, é também um ser emocional e moral (razão prática). E segundo Kant é somente através dessa via que conseguimos chegar á existência de Deus.
Tal como Kant concluiu o ser humano procura o "sumo bem" (união da virtude e felicidade). Porém a virtude e a felicidade, nem sempre andam juntas, pois não dependem uma da outra. A virtude torna o Homem digno de ser feliz, e para alcançar a felicidade, o Homem terá de unir a vontade racional com a lei moral. Esta união exige um progresso indefinido, e apenas possível de ser admitido com uma alma imortal pertencente a um mundo inteligível.
Com isto, é possível fazer a ligação entre Virtude, Felicidade e Imortalidade com a existência de Deus, pois Deus só pode ser provado a partir das exigências morais da razão prática e não da razão teórica.
O Homem não é apenas um ser racional, é também um ser emocional e moral (razão prática). E segundo Kant é somente através dessa via que conseguimos chegar á existência de Deus.
Tal como Kant concluiu o ser humano procura o "sumo bem" (união da virtude e felicidade). Porém a virtude e a felicidade, nem sempre andam juntas, pois não dependem uma da outra. A virtude torna o Homem digno de ser feliz, e para alcançar a felicidade, o Homem terá de unir a vontade racional com a lei moral. Esta união exige um progresso indefinido, e apenas possível de ser admitido com uma alma imortal pertencente a um mundo inteligível.
Com isto, é possível fazer a ligação entre Virtude, Felicidade e Imortalidade com a existência de Deus, pois Deus só pode ser provado a partir das exigências morais da razão prática e não da razão teórica.
Provas da Existência de Deus
É importante referir que, a partir daqui para a frente, sempre que referir-mos a palavra “Deus”, não nos referimos a um Deus em particular, mas sim, ao Deus de cada uma das religião. Ao chefe superior que faz cada um de nós acreditar e ter fé Nele.
Então, será que existe mesmo esse Deus? Que provas temos da sua existência? E que razoes teremos para acreditar na sua existência?
A questão da existência de Deus tem sido, ao longo dos anos, uma grande incógnita. Porque cada um de nós tem as suas razoes para acreditar, e os seus argumentos. Então neste texto vamos dar-vos a conhecer os três argumentos para provar e explicar a existência do omnipresente, omnipotente, omnisciente e sumamente bom Deus. Bem, como os argumentos contra estes.
Argumento Cosmológico
O primeiro argumento é o argumento cosmológico, que se baseia em constatações empíricas da existência do universo. Isto é, tentam explicar os efeitos com causas, e essas causas não surgem sem que outra causa o originasse. Mas com isto tudo precisamos de uma causa, a primeira e maior causa: Deus. Então se a primeira causa do argumento cosmológico é Deus, então Deus existe. A este argumento opõem-se outro, dizendo que este se auto-contradiz. Então o primeiro argumento cosmológico diz que não há causa que não tenha sido causada, mas ao mesmo tempo transmite a ideia que a causa pode não ter sido causada. Logo põem em causa a existência de Deus. O segundo argumento critico diz que não pode haver uma regressão infinita no encadeamento das causas. Concretamente esta crítica quer dizer que não pode ser apresentada nenhuma evidência empírica que a comprove. A terceira critica á referente à sua origem e às suas qualidades e características. Se esse Deus perfeito existe, se é omnisciente e sumamente bom, então porque há o mal no mundo? É também outro facto que contesta a existência de Deus.
Argumento Teológico
Tal como o argumento cosmológico, o argumento teleológico também pretende provar a existência de Deus a partir do mundo. Há então, dois aspectos importantes que distinguem estes dois argumentos no geral. O primeiro, é que o argumento cosmológico é um argumento dedutivo, ao passo que o argumento teleológico é um argumento não dedutivo. Isto significa que, mesmo que o argumento teleologista seja um argumento não dedutivamente forte, não prova definitivamente a existência de Deus de mostrar a elevada probabilidade da sua existência a partir do mundo, o argumento cosmológico parte de certos factos considerados evidentes (como por exemplo a existência de causas) para concluir que Deus tem forçosamente de existir, ao passo que o argumento teleológico se baseia na “comparação” do mundo com outras coisas que exibem teleologismo, para concluir que, tal como essas coisas têm um autor, então o mundo também tem um autor.
A complexidade, a ordem, e a finalidade estão presentes em todas os seres e fenómenos naturais, provam que eles tiveram de ser concebidos por um criador inteligente: Deus. Ao argumento teleológico, é feita uma critica por William Paley. Esta crítica compara dois objectos de natureza diferente. Vamos supor que ao atravessar um bosque encontramos uma pedra, e nos interrogarmos acerca da sua origem. Sabemos explica-la com causas geológicas e movimentos da crosta terrestre. Mas se em vez de encontrarmos uma pedra, encontrarmos um relógio. Então para justificar a sua origem, não poderíamos recorrer a fenómenos naturais, mas sim a algo muito complexo. A questão é que seria um absurdo justificar a origem do relógio (um objecto de alta complexidade, e com funções altamente organizadas) com fenómenos naturais. Chama-se, também à atenção para indícios de teleologismo nos organismos e órgãos naturais, em particular no olho humano. Estas entidades naturais revelam um nível de organização, e de complexidade ainda maior que o relógio, então a sua existência deve-se a um ser inteligente: Deus.
Outro argumento que critica um pouco o argumento teleológico, é o de Darwin. Embora Darwin não estivesse particularmente interessado no argumento teleológico ou na existência de Deus, mas sim interessado no grande mistério dos mistérios: a origem dos seres vivos. Até o aparecimento de Darwin, a teoria aceite para justificar e explicar a diversidade dos seres vivos era a teoria da criação especial divina. Basicamente, esta teoria diz que Deus tinha criado os seres vivos tal como existem actualmente. No entanto as descobertas geológicas e biológicas da época, foram causando insatisfação, porque mesmo antes de Darwin, existiu quem defendesse que as espécies não são fixas mas que evoluem. Um dos primeiros homens a defender a evolução das espécies foi o próprio avô de Darwin, Erasmus Darwin. Ele pensava que as espécies actualmente existentes nem sempre tinham existido e que outras existentes no passado tinham entretanto deixado de existir e para explicar a mudança propôs uma teoria idêntica à de Jean-Bastiste de Lemarck. De acordo com essa teoria, os seres vivos adquirem durante a vida adquirem certas características que depois transmitem aos descendentes. Conclusivamente, Darwin mostrou que a adaptação dos seres vivos ao meio depende da selecção natural e da sobrevivência dos mais aptos, os quais irão transmitir essas características às gerações seguintes. A última crítica ao argumento teleológico põe em causa que Deus seja omnisciente e sumamente bom, porque contraria a ideia de existência do mal no mundo, sendo que aparentemente, Deus nada faz para o impedir. Então a questão do mal, será para sempre um obstáculo à crença na existência de Deus.
Argumento Ontológico
Argumento ontológico: ao contrario dos argumentos anteriores, o argumento ontológico tenta demonstrar a existência de Deus, sem o recurso da experiencia. Segundo este argumento, a existência de Deus pode ser provocada com base apenas na definição Deus. Então Santo Alselmo argumentou, escrevendo, que Deus é como “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”. É importante perceber bem o significado da palavra “maior” nesta definição. Santo Anselmo não está q querer dizer que Deus é a maior coisa que existe. “Maior” aqui não tem o significado me tamanho, mas sim de maior valor ou em maior perfeição. Assim ao dizer-se que Deus é “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”, Santo Anselmo está a querer dizer que Deus é “alguma coisa com maior valor que se pode pensar”. Esta é uma definição muito geral de Deus. Podemos assim no entanto assumir que é outra forma de expressar a definição teísta de Deus. Então tudo o que o Santo Anselmo precisa para o seu argumento é desta definição geral, que afirma que quaisquer que sejam os atributos de Deus, ele tem-nos na maioria.
Então, será que existe mesmo esse Deus? Que provas temos da sua existência? E que razoes teremos para acreditar na sua existência?
A questão da existência de Deus tem sido, ao longo dos anos, uma grande incógnita. Porque cada um de nós tem as suas razoes para acreditar, e os seus argumentos. Então neste texto vamos dar-vos a conhecer os três argumentos para provar e explicar a existência do omnipresente, omnipotente, omnisciente e sumamente bom Deus. Bem, como os argumentos contra estes.
Argumento Cosmológico
O primeiro argumento é o argumento cosmológico, que se baseia em constatações empíricas da existência do universo. Isto é, tentam explicar os efeitos com causas, e essas causas não surgem sem que outra causa o originasse. Mas com isto tudo precisamos de uma causa, a primeira e maior causa: Deus. Então se a primeira causa do argumento cosmológico é Deus, então Deus existe. A este argumento opõem-se outro, dizendo que este se auto-contradiz. Então o primeiro argumento cosmológico diz que não há causa que não tenha sido causada, mas ao mesmo tempo transmite a ideia que a causa pode não ter sido causada. Logo põem em causa a existência de Deus. O segundo argumento critico diz que não pode haver uma regressão infinita no encadeamento das causas. Concretamente esta crítica quer dizer que não pode ser apresentada nenhuma evidência empírica que a comprove. A terceira critica á referente à sua origem e às suas qualidades e características. Se esse Deus perfeito existe, se é omnisciente e sumamente bom, então porque há o mal no mundo? É também outro facto que contesta a existência de Deus.
Argumento Teológico
Tal como o argumento cosmológico, o argumento teleológico também pretende provar a existência de Deus a partir do mundo. Há então, dois aspectos importantes que distinguem estes dois argumentos no geral. O primeiro, é que o argumento cosmológico é um argumento dedutivo, ao passo que o argumento teleológico é um argumento não dedutivo. Isto significa que, mesmo que o argumento teleologista seja um argumento não dedutivamente forte, não prova definitivamente a existência de Deus de mostrar a elevada probabilidade da sua existência a partir do mundo, o argumento cosmológico parte de certos factos considerados evidentes (como por exemplo a existência de causas) para concluir que Deus tem forçosamente de existir, ao passo que o argumento teleológico se baseia na “comparação” do mundo com outras coisas que exibem teleologismo, para concluir que, tal como essas coisas têm um autor, então o mundo também tem um autor.
A complexidade, a ordem, e a finalidade estão presentes em todas os seres e fenómenos naturais, provam que eles tiveram de ser concebidos por um criador inteligente: Deus. Ao argumento teleológico, é feita uma critica por William Paley. Esta crítica compara dois objectos de natureza diferente. Vamos supor que ao atravessar um bosque encontramos uma pedra, e nos interrogarmos acerca da sua origem. Sabemos explica-la com causas geológicas e movimentos da crosta terrestre. Mas se em vez de encontrarmos uma pedra, encontrarmos um relógio. Então para justificar a sua origem, não poderíamos recorrer a fenómenos naturais, mas sim a algo muito complexo. A questão é que seria um absurdo justificar a origem do relógio (um objecto de alta complexidade, e com funções altamente organizadas) com fenómenos naturais. Chama-se, também à atenção para indícios de teleologismo nos organismos e órgãos naturais, em particular no olho humano. Estas entidades naturais revelam um nível de organização, e de complexidade ainda maior que o relógio, então a sua existência deve-se a um ser inteligente: Deus.
Outro argumento que critica um pouco o argumento teleológico, é o de Darwin. Embora Darwin não estivesse particularmente interessado no argumento teleológico ou na existência de Deus, mas sim interessado no grande mistério dos mistérios: a origem dos seres vivos. Até o aparecimento de Darwin, a teoria aceite para justificar e explicar a diversidade dos seres vivos era a teoria da criação especial divina. Basicamente, esta teoria diz que Deus tinha criado os seres vivos tal como existem actualmente. No entanto as descobertas geológicas e biológicas da época, foram causando insatisfação, porque mesmo antes de Darwin, existiu quem defendesse que as espécies não são fixas mas que evoluem. Um dos primeiros homens a defender a evolução das espécies foi o próprio avô de Darwin, Erasmus Darwin. Ele pensava que as espécies actualmente existentes nem sempre tinham existido e que outras existentes no passado tinham entretanto deixado de existir e para explicar a mudança propôs uma teoria idêntica à de Jean-Bastiste de Lemarck. De acordo com essa teoria, os seres vivos adquirem durante a vida adquirem certas características que depois transmitem aos descendentes. Conclusivamente, Darwin mostrou que a adaptação dos seres vivos ao meio depende da selecção natural e da sobrevivência dos mais aptos, os quais irão transmitir essas características às gerações seguintes. A última crítica ao argumento teleológico põe em causa que Deus seja omnisciente e sumamente bom, porque contraria a ideia de existência do mal no mundo, sendo que aparentemente, Deus nada faz para o impedir. Então a questão do mal, será para sempre um obstáculo à crença na existência de Deus.
Argumento Ontológico
Argumento ontológico: ao contrario dos argumentos anteriores, o argumento ontológico tenta demonstrar a existência de Deus, sem o recurso da experiencia. Segundo este argumento, a existência de Deus pode ser provocada com base apenas na definição Deus. Então Santo Alselmo argumentou, escrevendo, que Deus é como “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”. É importante perceber bem o significado da palavra “maior” nesta definição. Santo Anselmo não está q querer dizer que Deus é a maior coisa que existe. “Maior” aqui não tem o significado me tamanho, mas sim de maior valor ou em maior perfeição. Assim ao dizer-se que Deus é “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”, Santo Anselmo está a querer dizer que Deus é “alguma coisa com maior valor que se pode pensar”. Esta é uma definição muito geral de Deus. Podemos assim no entanto assumir que é outra forma de expressar a definição teísta de Deus. Então tudo o que o Santo Anselmo precisa para o seu argumento é desta definição geral, que afirma que quaisquer que sejam os atributos de Deus, ele tem-nos na maioria.
Posições Relativas à existência de Deus
Teísmo: Doutrina que afirma a exigência de Deus. Deus é encarado, pelos teístas, como uma Pessoa (o que significa que a sua relação com o ser humano adquire uma carácter pessoal). Trata-se de um Deus perfeito, único e transcendente, criador e conservador do universo. Os Teístas admitem que deus governa o mundo, considerando ser possível uma demonstração racional da sua existência.
Deísmo: Posição filosófica que afirma a existência de Deus, com base na revelação, da graça, dos dogmas, dos milagres ou da relação pessoal com o ser humano. Deus, para os "deístas" é um ser supremo, criador do universo, à qual é negada a sua intervenção no mundo posteriormente à criação.
Ateísmo: Posição filosófica que nega a existência de Deus e de qualquer realidade que se possa considerar natureza divina.
Agnosticismo: Posição filosófica, que defende que não é possível o Homem saber se Deus existe ou não. O agnosticismo advoga a suspensão do juízo e da crença relativamente àquilo a que a razão e os sentidos não têm acesso.
Fideísmo: Doutrina que sustenta a incapacidade da razão humana para atingir determinadas verdades, as quais só são acessíveis mediante a fé. Deus, segundo os "fidealistas" só é acessível para quem possui fé.
Panteísmo: Posição filosófica segunda a qual Deus e o mundo são a mesma realidade. Deus e o mundo identificam-se . Segundo o Panteísmo Deus é tudo, ou tudo é Deus.
Momentos de Reflexão filosófica ocidental, acerca da religião...
- Na Idade Antiga, Aristóteles usou o termo teologia (equivalente à metafísica) para se referir à mais importante das três ciências teoréticas, sendo a física e a matemática as outras duas.
- Na Idade Média, a filosofia surge associada à teologia, e à visão teocêntrica do mundo e da vida. A razão submete-se à fé e à autoridade divina. É deus que confere ordem e sentido ao universo. A Filosofia era serva da teologia, a razão actuava em sintonia com a fé e o filosofo procurava sistematizar de um modo racional as verdades divinas.
- S. Tomás Aquino destacou-se na história, quando adaptou o aristotelismo às exigências dogmáticas, no âmbito da Escolástica (encontro da filosofia de Aristóteles com a teologia cristã).
- Na época Renascentista, o teocêntrico medieval cede lugar a um antropocentrismo naturalista. O homem passou a ser visto como senhor do seu destino. Esta mudança de centralização conduziu a uma afirmação da autonomia e do poder da Razão humana.
- Na Idade Moderna, filósofos como Descartes e Espinosa, procuraram demonstrar a existência de Deus seguindo uma via estritamente racional. Contrapondo estes filósofos veio Blaise Pascal, afirmar que Deus não se alcança através da razão, antes é sentido pelo coração.
- No sec. XVIII, Kant admite a existência de Deus através da razão prática, da moral, e não como objecto do ser conhecido pela razão teórica.
- Segundo Hegel, a religião é uma forma de o Espírito Absoluto se manifestar. Para ele o verdadeiro objectivo da religião era que a consciência humana se unifique com Deus.
- Após Hegel e Kant, surgiram outros filósofos que reabilitaram o valor da fé como relação pessoal do Homem com Deus, ao passo que outros desenvolveram um pensamento ateu, constituindo fortes criticas á religião.
- Segundo Feuerbach a religião traduz a consciência que o ser humano possui da sua essência, que é infinita. Deus não passa de uma projecção do Homem, sendo assim a teologia reduzida à antropologia.
- Augusto Comte, defendia a existência de três estados, o teológico, o metafísico e o positivo. Via no primeiro dos estados aquele em que o ser humano procura explicar os fenómenos mediante a intervenção de seres sobrenaturais. Esta frase primordial da humanidade evolui para o estado positivo, onde o estudo cientifico substitui as hipóteses metafísicas encontradas para explicar determinados fenómenos.
- Niestzsche, declarou que "Deus morreu". Para Nietzsche, os homens deixaram de acreditar em Deus ainda que muitos vivam como se acreditasse nele. A humanidade deixou de valorizar Deus.
- Freud, afirmou que todas as doutrinas religiosas são ilusões, chegando mesmo a comparar algumas às ideias delirantes.
- Jean- Paul Sartre, sendo ateu, disse que Deus não existe e que cada individuo está condenado à liberdade, ou seja, cada individuo é responsável, não só por si mesmo, mas como por toda humanidade. Em suma, Sartre afirma que o homem deseja ser Deus, todavia Deus é um falhado, isto é, Deus não passa de uma paixão inútil do Homem.
Ao longo da história os filósofos, reflectiram sobre a religião, expondo os seus pontos de vista, e é a partir dai que nos podemos tirar conclusões acerca da aceitação ou da recusa da dimensão religiosa na vida dos homens. "Negando ou afirmando o valor da religião, o que o filosofo defende é a autonomia e o discernimento na escolha da opção religiosa, combatendo assim a exploração ideológica".
Filosofia da Religião
A necessidade que o Ser Humano tem de tentar explicar o absoluto levou a filosofia a estudar a religião. A Filosofia da Religião estuda a consciência e a compreensão que o homem faz do absoluto, sendo o seu objecto de estudo a Religião.
Religião, entre várias definições, é onde o homem se revê como criado por algo Maior que ele. A religião trata da relação que o homem tem com o Divino e de suas diversas realidades. Devemos lembrar que existe uma pequena diferença entre Filosofia da Religião e Teologia, a primeira vai ter como objecto de estudo a própria Religião, enquanto a segunda terá como objecto de estudo o Divino.
A Filosofia da Religião surgiu na antiga Grécia, da constante do homem em perguntar pela vida na totalidade e a formular a questão de Deus, ser supremo e Divino.
O Homem Moderno questiona não mais, somente, o Supremo, mas sim a realidade através da razão e na experimentação científica. Passamos a dispensar a causa primária "divina", passando em seguida para uma visão do Mundo Religioso a partir da posição negativa ou positiva de Deus.
Religião, entre várias definições, é onde o homem se revê como criado por algo Maior que ele. A religião trata da relação que o homem tem com o Divino e de suas diversas realidades. Devemos lembrar que existe uma pequena diferença entre Filosofia da Religião e Teologia, a primeira vai ter como objecto de estudo a própria Religião, enquanto a segunda terá como objecto de estudo o Divino.
A Filosofia da Religião surgiu na antiga Grécia, da constante do homem em perguntar pela vida na totalidade e a formular a questão de Deus, ser supremo e Divino.
O Homem Moderno questiona não mais, somente, o Supremo, mas sim a realidade através da razão e na experimentação científica. Passamos a dispensar a causa primária "divina", passando em seguida para uma visão do Mundo Religioso a partir da posição negativa ou positiva de Deus.
sábado, 12 de junho de 2010
Confronto
Filosofia vs Religião
Para quem, desconhece a relação entre estas duas ciências, sabe ao menos a que cada uma se associada, certo?
A Filosofia têm por base a Razão, sendo esta "o conjunto de faculdades espirituais que permitem ao homem conhecer a verdade e orientar-se livremente no mundo e na vida". Esta ciência pressupõe o exercício livre e autónomo da razão, aplicando-a á duvida e á analise critica de problemas. Contrapondo totalmente o idealismo de Filosofia, vêm a religião. A Religião têm por base a fé, sendo esta a forte crença de algo seja verdade sem que existam indícios que o provem, ou seja, é o "firme fundamento das coisas que se esperam e a demonstração das que não se vêem". Por palavras mais simples a Religião baseia-se em revelações divinas e em conjuntos de dogmas "inquestionáveis", impostos pelo próprio Homem ao longo do tempo.
Desde que a Filosofia é filosofia, ou seja, desde que a Filosofia nasceu, que a Religião se tornou um tema seu. O tempo passou, e o Homem evoluiu. A Ciência progredia e a Filosofia cresceu, porém a Religião tentou manter-se firme e forte, agarrada aos seus princípios morais e religiosos, porém não conseguiu... Nos tempos primórdios a Religião era um conjunto de doutrinas superiores e inquestionáveis, porém isso mudou quando a filosofia nasceu. Ao longo da história, a Ciência renegou por completo a religião. Não sendo tão radical a Filosofia, apenas duvidou e questionou as várias doutrinas religiosas, em busca de uma explicação para a separação imposta pelas religiões, entre o Terreno, o Homem e o Divido, Deus. A partir desta explicação é fácil perceber o aversão que a Religião têm com a Ciência e com a Filosofia, uma renega-a, a outra questiona-a pondo em causa as suas verdades.
A Filosofia têm por base a Razão, sendo esta "o conjunto de faculdades espirituais que permitem ao homem conhecer a verdade e orientar-se livremente no mundo e na vida". Esta ciência pressupõe o exercício livre e autónomo da razão, aplicando-a á duvida e á analise critica de problemas. Contrapondo totalmente o idealismo de Filosofia, vêm a religião. A Religião têm por base a fé, sendo esta a forte crença de algo seja verdade sem que existam indícios que o provem, ou seja, é o "firme fundamento das coisas que se esperam e a demonstração das que não se vêem". Por palavras mais simples a Religião baseia-se em revelações divinas e em conjuntos de dogmas "inquestionáveis", impostos pelo próprio Homem ao longo do tempo.
Desde que a Filosofia é filosofia, ou seja, desde que a Filosofia nasceu, que a Religião se tornou um tema seu. O tempo passou, e o Homem evoluiu. A Ciência progredia e a Filosofia cresceu, porém a Religião tentou manter-se firme e forte, agarrada aos seus princípios morais e religiosos, porém não conseguiu... Nos tempos primórdios a Religião era um conjunto de doutrinas superiores e inquestionáveis, porém isso mudou quando a filosofia nasceu. Ao longo da história, a Ciência renegou por completo a religião. Não sendo tão radical a Filosofia, apenas duvidou e questionou as várias doutrinas religiosas, em busca de uma explicação para a separação imposta pelas religiões, entre o Terreno, o Homem e o Divido, Deus. A partir desta explicação é fácil perceber o aversão que a Religião têm com a Ciência e com a Filosofia, uma renega-a, a outra questiona-a pondo em causa as suas verdades.
domingo, 11 de abril de 2010
Ideia de Religião
RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Esta definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, algo para além do mundo físico.
sábado, 10 de abril de 2010
Hey
Olá a todos, este é o nosso 1º poster no blog… como já devem ter reparado e queremos desde já passar ás apresentações! Bom... nós somos três jovens estudantes, frequentamos o 10ºano do curso Cientifico - Tecnológico e, criamos este blog no âmbito da disciplina de Filosofia, sendo este o nosso projecto anual.
Assim que fizerem a vossa primeira visita a este juvenil blog, apostamos (e sabemos que não erramos!) que as primeiras perguntas que farão, com toda a certeza, serão: “Mas afinal o que é isto? Qual é o objectivo desta jovens?”, ora bem, é isso mesmo que vamos começar por explicar agora. Como o título indica, o tema inicial do nosso blog é "Religião, razão e fé", este é também um dos temas do nosso livro de filosofia*. Embora não pareça, este é um tema muito interessante, que pode ser visto e encarado de forma entusiasta, pois possui conteúdos que por vezes ignoramos, conteúdos esses que são a razão do mundo e das circunstâncias em que viemos, do que acreditamos e até mesmo do que pensamos.
Neste blog iremos falar e discutir vários conteúdos, obviamente sempre relacionados com o nosso tema inicial, desde a razão à fé, da religião à ciência, da guerra à tolerância, de Deus e de todos os seus elos de ligação, entre outros subtemas. Para sermos mais específicos, iremos fazer um pequeno enquadramento histórico entre a filosofia e a religião, depois iremos debater as diferenças e as igualdades entre algumas das religiões existentes e por fim vamos discutir as razões que levam as pessoas a acreditar num presumível Deus. A suposta existência de Deus também vai ser um dos subtemas que pretendemos explorar, de acordo com os diferentes argumentos expostos por alguns dos vários filósofos que conhecemos. Os assuntos acima referidos são alguns dos vários temas que o nosso grupo de trabalho pretende explorar até ao final deste ano lectivo.
A nossa breve apresentação está a chegar ao fim, por isso queremos deixar aqui um pequeno apelo a todos os nossos visitantes, agradecemos imenso que partilhem a vossa opinião connosco acerca dos assuntos que iram ser aqui tratados ou até mesmo uma breve critica do blog em geral.
Para terminar, queremos visar que o nosso objectivo principal é fazer reflectir todos os nossos visitantes, não queremos com isto que pensem como nós, queremos apenas que PENSEM CONNOSCO, que partilhem a vossa opinião! Somos Homens, somos livres de crer, de acreditar e de pensar no que quisermos. No fundo todos nós somos iguais, todos nós temos fé, todos nós temos um Deus, todos nós somos guiados pela nossa Razão, (independentemente de o fazermos de formas diferentes!).
Assim que fizerem a vossa primeira visita a este juvenil blog, apostamos (e sabemos que não erramos!) que as primeiras perguntas que farão, com toda a certeza, serão: “Mas afinal o que é isto? Qual é o objectivo desta jovens?”, ora bem, é isso mesmo que vamos começar por explicar agora. Como o título indica, o tema inicial do nosso blog é "Religião, razão e fé", este é também um dos temas do nosso livro de filosofia*. Embora não pareça, este é um tema muito interessante, que pode ser visto e encarado de forma entusiasta, pois possui conteúdos que por vezes ignoramos, conteúdos esses que são a razão do mundo e das circunstâncias em que viemos, do que acreditamos e até mesmo do que pensamos.
Neste blog iremos falar e discutir vários conteúdos, obviamente sempre relacionados com o nosso tema inicial, desde a razão à fé, da religião à ciência, da guerra à tolerância, de Deus e de todos os seus elos de ligação, entre outros subtemas. Para sermos mais específicos, iremos fazer um pequeno enquadramento histórico entre a filosofia e a religião, depois iremos debater as diferenças e as igualdades entre algumas das religiões existentes e por fim vamos discutir as razões que levam as pessoas a acreditar num presumível Deus. A suposta existência de Deus também vai ser um dos subtemas que pretendemos explorar, de acordo com os diferentes argumentos expostos por alguns dos vários filósofos que conhecemos. Os assuntos acima referidos são alguns dos vários temas que o nosso grupo de trabalho pretende explorar até ao final deste ano lectivo.
A nossa breve apresentação está a chegar ao fim, por isso queremos deixar aqui um pequeno apelo a todos os nossos visitantes, agradecemos imenso que partilhem a vossa opinião connosco acerca dos assuntos que iram ser aqui tratados ou até mesmo uma breve critica do blog em geral.
Para terminar, queremos visar que o nosso objectivo principal é fazer reflectir todos os nossos visitantes, não queremos com isto que pensem como nós, queremos apenas que PENSEM CONNOSCO, que partilhem a vossa opinião! Somos Homens, somos livres de crer, de acreditar e de pensar no que quisermos. No fundo todos nós somos iguais, todos nós temos fé, todos nós temos um Deus, todos nós somos guiados pela nossa Razão, (independentemente de o fazermos de formas diferentes!).
Bem malta, por hoje é tudo, em breve iremos postar mais informação. Jrm
* Paiva, Marta ; Tavares, Orlanda e Ferreira Borges, José. "CONTEXTOS", 1ª edição, Porto (Portugal), Porto editora, 2008.
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